Monday, March 26, 2012

Benfica-Chelsea: antevisão



Benfica e Chelsea defrontam-se amanhã na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, num embate que poderá revelar-se extremamente interessante e imprevisível. São apresentados mais abaixo alguns motivos que poderão explicar por que motivo uma destas equipas passará à fase seguinte.


3 motivos para a vitória do Chelsea

1) Resiliência. Se a partida contra o Nápoles nos ensinou algo, foi que esta equipa não é tão fraca quanto a maioria de nós parece pensar e que ainda tem algo a mostrar. Os jogadores do núcleo duro do Chelsea são vencedores de outras batalhas, capazes de reunir as suas forças quando necessário – os encontros contra o Valência e o Nápoles deverão ser um aviso às hostes encarnadas.

2) Uma tendência para atacar pelo centro. Apesar da mais recente (e ligeira) mudança de ideias de Roberto Di Matteo, Sturridge ocupa habitualmente o lado direito, com tendência para flectir para dentro (ou na esquerda, onde é claramente menos eficaz). Mata, partindo tradicionalmente da asa esquerda, tem igualmente tendência para procurar zonas mais interiores e Drogba é um monstro competitivo que prospera com bolas longas – a alternativa escolhida pelo Chelsea nos últimos jogos. Dado que as águias tendem a deixar o centro do terreno para Javi García de forma quase exclusiva, esta poderá ser uma boa opção para o onze inglês.

3) Um meio-campo mais compacto. Se é verdade que o Chelsea ataca pelo centro, não é menos verdade que defendem melhor nessa zona. Embora ainda esteja distante do que já foi, Essien está cada vez mais próximo dos seus níveis físicos de outrora. Por seu turno, Lampard tem jogado mais recuado do que costumava fazer, mas ainda é capaz de distribuir longas bolas diagonais por cima da última linha contrária, algo a que o Benfica é por vezes vulnerável.


3 motivos para a vitória do Benfica

1) Movimento ofensivo. A abordagem do Benfica passa sempre por lançar vários homens da frente de ataque, mesmo quando essa opção não é necessariamente a mais aconselhável. Nesse aspecto, Gaitán, Bruno César, Nolito e Maxi Pereira são exímios a criar situações de superioridade numérica nas alas e realizar penetrações em "tabelas". Embora alguns membros do plantel do Chelsea ainda se lembrem de como defender devidamente, a fluidez do Benfica poderá ser uma tarefa demasiado hercúlea para os londrinos.

2) Marcação individual do Chelsea. A opção preferencial dos blues em situações defensivas de bolas paradas passa pela marcação individual, podendo revelar-se um ponto fulcral de ataque para as águias. A obsessão de Jesus com os esquemas tácticos poderá ser decisiva para desfazer o impasse.

3) Rápidas transições ofensivas. Um dos principais atributos do Benfica reside na sua velocidade vertical, ou seja, a rapidez com que consegue transformar uma situação defensiva numa clara oportunidade de golo para a sua equipa. Ao invés, as transições defensivas são um dos pontos mais fracos do Chelsea, dado que Mata e Sturridge desprezam com frequência as suas tarefas defensivas e apenas Ramires recua. Com Maxi, Witsel e Gaitán, entre outros, a intensidade do Benfica poderá ser o ponto de partida para a qualificação para as meias-finais.

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