Saturday, September 1, 2012

FC Porto conquista vitória suada

Equipas e movimentações iniciais


Após o encontro da passada semana frente à Académica, a partida de hoje era uma boa oportunidade para aferir a capacidade do Olhanense no seu terreno contra um adversário mais forte e, por outro lado, analisar o FC Porto em maior detalhe. Embora não tenha sido um jogo repleto de oportunidades de golo, tratou-se de uma partida bastante interessante, cuja vitória acabou por sorrir à equipa portuense de forma algo feliz.

  • Os primeiros 15 minutos

Os campeões nacionais entraram bem em campo e deram mostras de pretender dar seguimento à boa exibição frente ao Vitória de Guimarães. Na verdade, os comandados de Vítor Pereira patentearam um nível consideravelmente superior ao nível da pressão alta em relação à temporada transacta, com todos os jogadores no mesmo comprimento de onda no que diz respeito às zonas e momentos para exercer a pressão. Ofensivamente, os portistas tiravam claramente proveito do ponto fraco facilmente identificável do Olhanense: Babanco. Como tal, o FC Porto insistiu em jogar pelo flanco direito durante o primeiro quarto de hora, com Lucho, Danilo e Hulk a teimarem em capitalizar a fraqueza do seu oponente.

Ao invés, a equipa liderada por Sérgio Conceição pareceu algo confusa e perdida até ao momento em que lograram por fim executar uma transição ofensiva bem delineada e punir o mau momento da incursão de Alex Sandro (característica habitual nos defesas-laterais sul-americanos). A jogada em questão serviu igualmente para reforçar as insuficiências de Defour na posição de pivô defensivo e o papel fundamental de Fernando na movimentação colectiva da equipa.

  • 15-45 minutos

Após o tento inicial, os algarvios mostraram-se mais confortáveis em posse e, em simultâneo, o FC Porto ficou defensivamente mais desconjuntado e impaciente na construção das jogadas, com os jogadores a revelarem-se demasiado lentos e previsíveis, aparentemente receosos de se exporem a mais contra-ataques. Vítor Pereira não quis esperar mais e substituiu o ineficaz Atsu por James e o avançado colombiano provocou um impacto imediato ao assistir Moutinho para uma boa oportunidade e ao fazer um delicioso chapéu a Ricardo, o qual demonstrou mais uma vez a sua incapacidade para decidir os melhores momentos de saída a cruzamentos.

  • Segunda parte

Os dragões entraram ainda mais fortes na segunda parte e Jackson enviou uma bola ao posto e marcou o seu segundo golo do campeonato após uma excelente assistência de James. Era difícil antever de que forma os visitados iriam conseguir contornar a organização defensiva do FC Porto, apesar das evidentes brechas que importará abordar o mais rapidamente possível. O jogo desenrolou-se sem grandes motivos de interesse (para além da opção de Vítor Pereira de deslocar James para a posição de Lucho após a substituição deste último, fornecendo eventualmente uma pista sobre as preferências do treinador portista no que diz respeito à posição de James), até Hulk desferir um potente remate e apontar o terceiro golo azul e branco. O resultado parecia decidido, mas o golo de Targino após outra excelente assistência, desta feita de Rui Duarte, abriu novamente o encontro e os forasteiros acabam por sofrer desnecessariamente para conquistar a vitória.

Em suma, o FC Porto foi dominante após a entrada de James, mas convirá melhorar rapidamente a sua consistência defensiva. Quanto ao Olhanense, mostrou mais uma vez um bom posicionamento defensivo, mas continua a não dispor de saídas de bola e da capacidade de assumir o controlo do encontro. Adicionalmente, Rui Duarte pareceu novamente longe da sua posição ideal, jogando em zonas demasiado avançadas e de costas para a baliza. Um ligeiro ajuste por parte de Sérgio Conceição poderá dar lugar a uma equipa mais equilibrada e perigosa.

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